Resumo do Conto " A Casa das Cruzes"
Livro : Contos Árabes para jovens de todos os lugares
Autora Maria Luísa Soriano Martins
Prêmio Gigueiredo Pimentel 2005
Editora Alis
Todos pensavam que Habib era um homem muito feliz. Poderia até ser, mas não sabia viver. Era temente a Allah, bonito, rico, com uma esposa amorosa e leal, filhos bem sucedidos, casa boa... mas vivia reclamando e queixava-se do que chamava " minha cruz".
Ele sempre falava aos outros:
- É, até que não sou tão infeliz, mas carrego uma cruz tão pesada!
Sustento minha mãe, viúva e duas irmãs que não tem marido. Que cruz!!"
E meus funcionários? Estão ricos de tanto me roubar!
Até que me dão um bom lucro, mas não poderiam ser honestos?
E o governo! ... E assim por diante...
...Certo dia, ele não soube como, viu-se em uma floresta. Um riacho lindo, com pássaros, mas Habib era incapaz de ver as belezas do lugar.
Sua mente estava ocupada, como sempre, lamentando " sua cruz".
-E agora? Morre o diabo da sogra do meu sobrinho, e os funerais serão pagos por mim. Meu filho quer uma bicicleta, o outro quer um carro, minha filha uma festa, e para quê?
Infelizmente o que posso fazer?
Preciso atender a todos, afinal é " minha cruz".
De repente ele se deparou com um estranho personagem.
Vestia-se de verde, cabelos brancos, parecia idoso, mas seu rosto era adolescente.
_ E então, Habib, compadecendo-se de si mesmo, como sempre?- perguntou o homem?
-Quem é você? e como sabe o que penso?
- Sou quem preciso ser, Venho a mando do meu Senhor!
- E esse seu senhor, pensa que nado em dinheiro? o que quer?
- Meu senhor não quer nada seu. Ao contrário, ele dá em abundância. Ele é o dono de tudo.
Vim aqui para dar-lhe a oportunidade de trocar a sua cruz, que "você" acha tão pesada.
- Trocar minha cruz?! Claro que eu quero. Mas como?
-Faça apenas o que eu mandar.
Vou levá-lo à Casa das Cruzes, onde se encontram representações de todas as cruzes que os homens carregam, isto é , as cruzes que eles mesmos criaram.
Você poderá escolher uma bem leve, bem ao seu gosto.
Quanto menos importância se dá a uma cruz, mais suave ela se torna.
- Vamos então, quero logo trocar minha cruz!
Logo estavam dentro de um grande edifício.
O homem lhe disse:
_ Não tenha pressa, você tem o tempo que precisar para escolher uma cruz que lhe agrade.
Habib andou, procurou, por muito e muito tempo.
Até que achou uma bem pequena e levezinha, parecia uma pluma.
Levou-a ao homem.
- Aqui está! ficarei feliz com esta. Acabaram-se os desgostos.!
- Logo essa? - E o homem riu e riu muito.
- Meu amigo, essa é a sua própria cruz! É aquela que você construiu dia a dia e lhe parece tão pesada...
... - Habib, o que aconteceu? Você não vai trabalhar? esta atrasado, além disso o nosso sobrinho esta precisando de você? - era a esposa que o chamava.
Lembrou-se do que tinha acontecido. tudo um sonho. Mas que sonho!
Levantou-se, arrumou-ser e foi falar com o sobrinho que o aguardava, tremendo como vara verde, esperando uma bronca do tio.
- Não se preocupe disse Habib, vou ajudá-lo.
O homem verde sorriu satisfeito. Fora uma missão bem pequena.
Bebeu um gole de água e ficou aguardando novas ordens do Senhor.
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