Pauliceia Literária 2013
De 19 a 22 de setembro de 2013 a Associação dos Advogados de São
Paulo (AASP) realizará o festival internacional Pauliceia Literária,
que contará com a presença de escritores do Brasil e do exterior para
debater uma série de assuntos ligados à literatura, Direito, ficção
policial, cinema, poesia, entre outros temas.
Os eventos acontecerão na sede da AASP (Rua Álvares Penteado, 151,
Centro, SP), e os ingressos já estão à venda no local, na Livraria
Cultura do Conjunto Nacional e online.
Veja abaixo as mesas com participação de autores publicados pela Companhia das Letras:
Sexta-feira, 20 de setembro, às 13h
Mesa 4: O apocalipse das vacas
Convidados: Valter Hugo Mãe e Juan Pablo Villalobos
Mediadora: Vanessa Ferrari
Juan Pablo Villalobos e Valter Hugo Mãe debatem questões de narrativa e
linguagem, humor e ritmo presentes em seus últimos romances: O apocalipse dos trabalhadores, um relato de classe operária, e Se vivêssemos num lugar normal, a história de uma cidade onde há mais vacas do que pessoas, mais padres do que vacas. Tudo com muito humor.
Sábado, 21 de setembro, às 11h
Mesa 8: Mesa Lygia Fagundes Telles
Convidados: Ana Maria Machado, Beatriz Bracher e Luiza Nagib Eluf
Mediadora: Mona Dorf
Homenagem à escritora e advogada Lygia Fagundes Telles: três escritoras
debatem o papel da mulher na literatura e no Direito, falando sobre a
maneira pela qual elas foram representadas e tratadas nos dois âmbitos
ao longo da história — as injustiças e a evolução de seus direitos, as
mulheres da realidade e da ficção. A escritora Ana Maria Machado fala
de seu livro Infâmia,
que trata da questão da injustiça no âmbito da acusação. Ao final da
mesa, as três escritoras leem trechos da obra de Lygia Fagundes Telles,
uma das primeiras mulheres a se formar em Direito e uma das maiores
escritoras do Brasil.
Domingo, 22 de setembro, às 13h
Mesa 14: Ficção e reportagem, aqui e acolá
Convidados: Pedro Rosa Mendes, Inês Pedrosa e Michel Laub
Mediador: Ronaldo Bressane
O processo de urbanização do século 19 fez com que se encontrassem os
caminhos do jornalismo e da ficção. Entre notas sobre o nascente
mercado financeiro e os crimes nas periferias das recém-surgidas
metrópoles, no rodapé das páginas corriam histórias de amor, ódio,
vingança, adultério. A ligação dos dois universos trouxe à narrativa
jornalística elementos formais da ficção e a esta temas da realidade,
abandonando o romantismo. Criou uma geração de escritores na qual a
experiência jornalística foi o início da trajetória literária. Desta
tradição fazem parte os escritores Michel Laub, que fez carreira no
jornalismo cultural como repórter e editor, e os escritores portugueses
Pedro Rosa Mendes, que se especializou na reportagem de guerra, e Inês
Pedrosa, cuja atividade jornalística voltou-se para o jornalismo de
ideias.
Domingo, 22 de setembro, às 15h
Mesa 15: Pauliceia estilhaçada – Livros que têm São Paulo como cenário
Convidados: Tony Bellotto, Marçal Aquino e Maria José Silveira
Mediador: Manuel da Costa Pinto
Em 1922, o poeta Mário de Andrade, um dos pais do modernismo
brasileiro, reuniu a cidade em seus contrastes urbanos e climáticos no
livro de poemas Pauliceia Desvairada.
Passados 90 anos e um intenso processo de urbanização, qual é a São
Paulo que serve como cenário de ficção? Em debate os autores Maria José
Silveira, Marçal Aquino e Tony Bellotto, que retrataram a cidade em sua
violência, crimes e contrastes, sem nunca deixarem de lado a
marginalidade e o submundo, os estilhaços da cidade um dia cantada como
desvairada.
Domingo, 22 de setembro, às 17h
Mesa 16: Liberdade de expressão
Convidados: Zlata Filipovic e Noemi Jaffe
Mediadora: Paula Miraglia
Com a publicação de O diário de Zlata,
a escritora Zlata Filipovic, vítima da guerra na Bósnia, ocorrida no
início dos anos 1990, ficou conhecida como a “Anne Frank de Saravejo”.
Noemi Jaffe uniu os diários de sua família no livro O que os cegos
estão sonhando?, retratando três gerações de mulheres, a partir de sua
mãe, marcadas pela Segunda Guerra. As duas autoras debatem a questão da
liberdade de expressão em ambiente de guerra, as maneiras de burlar o
muro de silêncio em um contexto de perseguição, a visão da criança no
momento presente e o entendimento que o tempo traz aos fatos.
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