O guarda-noturno
Numa noite muito antiga
um guarda-noturno apita
como locomotiva
atropelando o sono.
Tem alguma coisa de trite,
alguma coisa de bicho
nesse apito comprido e solitário.
Até os ladrões sew comovem,
e furtivamente, por um momento,
se arrependem e trocam de profissão.
O poeta
O poeta vai tirando da vida
os seus poemas
como pássaros desobedientes
e amestrados.
A palavra é seu castelo,
sua árvore encantada,
abracadabra constriondo o universo
Titulo : Artes e Ofícios
Coleção Falas poéticas
Editora : FTD 1990
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